Powered By Blogger

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DÍZIMO DO TEMPO

Quanto do seu dia você aproveita? Melhor, quero perguntar: Quanto tempo do seu dia você não passa diante da televisão, jogando conversa fora ou caminhando por aí como que sem objetivo só para passar o tempo? Naturalmente a maioria das pessoas responderia: Praticamente o dia todo quando não estou trabalhando. Sim, o trabalho preenche a nossa vida. Mas nos dias de folga, como você preenche o tempo? Claro, não é da minha conta, e, não quero me meter na sua vida.
Quando se trata de aproveitar o dia, cada um faz o que acha melhor. Geralmente a grande maioria faz alguma atividade diferente da que está acostumado no dia-a-dia, inclusive relaxar. Parece haver um paradoxo entre o famoso carpe diem e o não fazer nada. Aproveitar o dia dá uma conotação de algo no sentido como não desperdiçar, ou seja, não perca o seu tempo sem fazer nada, faça algo útil. Bem, mas quanto desse tempo ocioso você separa para dedicá-lo à uma boa causa? Nada, talvez seja sua resposta, já que é dia de folga. E se eu disser, que esse maravilhoso dia folgado gera um débito com algum compromisso? Não acho. Imagino que dirás. E se questionas, sua pergunta óbvia seria: Que tipo de compromisso? Boa pergunta, pois longe de mim querer te lembrar de um compromisso quando é sua merecida folga.
Há um personagem bíblico que fez mais do que imagina. Ele conseguiu superar os limites de fidelidade de um ser humano. Abraão, um homem de atitude, extraordinário, ímpar. Era desapegado aos bens materiais e dava prioridade a obediência ao Senhor. Não fazia as coisas para agradar as pessoas mas queria agradar ao seu Deus. Mesmo quando esse Deus lhe pediu a mais preciosa oferta que possuía não recusou oferecê-la, embora com o coração constrangido, colocou seu filho Isaac sobre o altar e se o próprio Deus não o impedisse o teria oferecido.
Em Gênesis 14: 20, parte b, diz que Abraão deu o dizimo de tudo. Sim, de tudo que possuía. Neste texto, o óbvio é interpretar que ele entregou dez por cento de seus bens. Mas quero observar o contexto que provavelmente não alude. Fico imaginando um servo dedicado, comprometido, envolvido, que se entrega totalmente, que se doa, que adora a maior parte do tempo. Que adora quando trabalha e quando folga. Não só no templo. Mas tira tempo para testemunhar, para ser solidário, para ser cooperador, para ser dedicado.
Já pensou em entregar o dízimo do seu tempo?
Como? Você pergunta. Se somarmos o tempo que não estamos trabalhando, nem dormindo, deve sobrar umas seis horas aproximadamente. 24 horas somam 1440 minutos. 10 por cento desse tempo corresponde a 144 minutos que são 2 horas e 24 minutos. Legal? Isso diariamente. Não seríamos perfeitos adoradores mas estaríamos chegando perto.
Qual o seu grau de envolvimento na obra de Deus? Quantas vezes por semana você congrega ou está comprometido com alguma atividade na sua igreja? Só aos domingos? No fim de semana todo? Inclui um ou mais dias durante a semana? Quanto tempo separa para reflexão ou estudo? Quanto tempo você considera suficiente para dedicá-lo ao Senhor Deus?
A diferença está alguém que no seu dia livre reserva um tempo para render um tributo ao seu Rei. E sei que existem pessoas que têm prazer em pagar mais um imposto. Esse não é oneroso, nem pesado, nem constrangedor. Como assim? É um tributo diferente, não gera dívida, não sobrecarrega, não pesa no bolso. É suave, dá prazer, preenche a alma, como se a pessoa tivesse pagando por um alimento saboroso ou pelo ingresso de um evento importante. É assim que descrevo como alguém se sente quando entrega o dízimo mais alto. Que não se traduz em numerário, que não se converte em moeda , mas é muito mais precioso que o dinheiro. É parte de seu próprio valor. É parte de sua própria vida. É parte de seu tempo, é o dizimo do seu tempo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

COMO SER FELIZ?

O ser humano sempre buscou a felicidade. O brasileiro tem essa busca constante. Está garantida na constituição.Até mesmo quem está abastado de bens materiais , quer algo mais. Mas o quê? O prazer a satisfação, a realização pessoal, a felicidade. Ter o bastante para viver não é o suficiente? Provavelmente não.
Por isso estamos sempre querendo mais, buscando alternativas, procurando aqui e ali. Ouvindo sugestões, comprando tecnologia, concorrendo, disputando, superando nossos próprios limites até chegarmos ao alvo: O cume da realização do nosso bem-estar : A felicidade.
Mas podemos encontrá-la em algum lugar?Ela está em alguém?Em algum produto? Numa atitude? Opa! Numa atitude, quem sabe. Depende.
Talvez a primeira idéia seja associar essa possibilidade de encontra-la em algum lugar, mas não será em um ponto geográfico e sim a encontraremos como resultado de algumas atitudes, independentemente de onde você se encontre.Percebi que algumas atitudes podem proporcionar a felicidade. Mas por um deslize, desleixo, ou por um erro, essa felicidade se vai, e então esse ser agora passa a decepcionado, cabisbaixo, moribundo, triste, infeliz. Mas porque isso de um momento para outro? Simples. Não possuía estrutura em si mesmo para abrigar a felicidade.Ela é como um hóspede, precisa ser bem tratada para permanecer.Sendo assim, o que fazer? Onde encontrá-la?
Aqui vai algumas dicas simples, mas objetiva, aplique-as e cedo ou tarde você encontrará o caminho.
Quem desfrutará dessa corrente?
A pessoa que anda com um coração sincero, age corretamente, não para ser visto, mas porque sabe que é o certo a fazer, e fala a verdade, não apenas com a boca mas com o coração, tem mais chances de ser feliz.Isso as vezes gera incompreensão, insatisfação, constrangimento, frustração. Mas quem faz isso será sempre bem sucedido.
A pessoa que não denigre a imagem dos outros, não faz mal aos outros e não concorda com falatórios desrespeitosos, está mais perto da felicidade. É um desafio, pois mesmo quem não costuma criticar, às vezes acaba concordando ou consentindo com críticas destrutivas.
Se alguém tem que desprezar, que sejam atitudes reprováveis. Respeite as pessoas de fé. As pessoas que mesmo com prejuízo não desfazem o negócio, nem muda sua versão. Quem tem esse tipo de comportamento estará mais perto de alcançar a felicidade.
Quem não empresta o que é seu com intenção de obter lucro , nem aceita suborno.Quem faz isso nunca fica confundido, mesmo que seja sugerido a cometer avareza ou tentado ao suborno.
Estas são algumas atitudes que conduzem as pessoas à felicidade, mesmo que elas estejam num ambiente desprovido de bem estar.
Aprendi isso com o salmista Davi.

RESENHA DE GUERRA DE CANUDOS

O filme A GUERRA DE CANUDOS, é um episódio na História do Brasil que aconteceu no sertão da Bahia no século XVIII, entre 1896 e 1897. Um conflito que envolve a população sertaneja baiana contra o exército Republicano do Marechal Floriano Peixoto, que confiscava os bens da população para pagamento de imposto. Nessa drástica situação, surge Antonio Vicente Mendes Maciel, um líder que está disposto a se recusar a pagar o imposto abusivo e ignora totalmente as idéias da república, para ele um monstro desconhecido, o início do governo do Anti-Cristo. Natural de Quixeramobim(CE), de família tradiconal comerciante, exerceu a atividade jurídica. Abandonado pela mulher saiu peregrinando pelo sertão.

Conselheiro, apelido que recebeu de seus seguidores, por ser um dos principais líderes messiânicos do pais, não aceitava a imposição do governo e por isso resolveu sair itinerante sertão a dentro, em uma dura caminhada conduzindo um grupo de seguidores, simpatizantes de suas idéias, a procura de lugar onde pudessem sossegar. Nessa jornada chega a casa de Zé Luceno, cuja família, assim como os outros sertanejos, sofre com a seca e pobreza, que na esperança de um lugar melhor para viver resolve seguir os peregrinos , com exceção apenas de sua filha Luiza. Esta foge da família e passa a viver na cidade como prostituta, onde conhece Arimatéia, um cabra disposto com coragem de nordestino. Apaixonado resolve tomá-la consigo como sua mulher.
A caravana de Antonio Conselheiro, seguindo em sua viagem, acampa numa antiga fazenda chamada Canudos às margens do rio Vaza-Barris, agora denominada por ele de Belo Monte.Os discursos de Conselheiro agradava aos seus liderados , usava as divindades em suas pregações e arregimentava seguidores como soldados de Jesus.
Economicamente o arraial logo se tornou auto-suficiente. Os bens de consumo como lavoura e gado pertenciam a todos.Uma política que desagradava os republicanos.
O clero também estava preocupado, pois estava perdendo fiéis.
Os latifundiários perdiam seus agregados.
Conselheiro já estava sendo rotulado de monarquista, por pregar a separação entre igreja e estado. Em suas pregações fazia previsões de quatro fogos que aconteceria na guerra que estava por vir.
Em 3 de março de 1897, Canudos é atacada por uma expedição do exercito liderada por Antonio Moreira César que foi massacrada pelos seguidores de Conselheiro, que se abasteceram dos despojos, como armas, munição e mantimentos.Os soldados fugitivos tentam se esconder em casas da região e chegam a casa de Luiza e Arimatéia que resolve servir nas forças expedicionárias. Em 27 de junho de 1897 dá-se o segundo fogo. As mulheres reunidas na igreja rezam constantemente. De novo os soldados de canudos vencem as tropas da república. 13 de julho de 1897, o terceiro fogo. O comboio aguardado pelos soldados da república é atacado pelos soldados de canudos, nessa luta morre o irmão de Luiza, ela entra no arraial e tenta persuadir sua família a sair de lá mas não consegue, seu pai fica aborrecido ao saber que ela vivia como prostituta.
O quarto fogo acontece com um reforço republicano de soldados de várias partes do país. Canudos resiste até o fim, embora sem munição e sem comida. O bombardeio destrói tudo, inclusive a igreja.Em 22 de setembro,Conselheiro despede-se de todos, agora passaria a um planeta de paz e tranquilidade e expira suavemente. Em 02 de outubro, os soldados que restam no arraial pedem paz, mas o exército não aceitam os termos e a luta continua. Reconhecendo o fim de canudos, Zé Luceno e os últimos soldados morrem combatendo. Alguns tentam fugir, a maioria dos fiéis decidem morrer no arraial e se lançam nas chamas, como num suicídio coletivo. O exército tem retorna à metrópole com a cabeça de conselheiro como troféu, mas nessa guerra não tem vencedores.

A guerra divide as pessoas.A força bélica do exército supera a resistência do arraial de Canudos, , pois os ideais de vida, os sonhos e os direitos a vida e a liberdade foram abatidos; A honra de combatente não é justa pois não havia igualdade de preparo; O que prevaleceu foi a força. A baioneta, dois metros a frente de seu empunhador cortando o desprotegido sertanejo com seu facão na mão;A mão de ferro esmagando o dedo mínimo de seu oponente; A bota pisando o pé descalso;A espingarda superando a batebucha; As últimas balas de canhão estourando uma fortaleza com paredes de taipa.
Uma triste história mostrando que no inicio da república a maioria do povo brasileiro esteve à margem das decisões do governo. Relato muito bem descrito pelo jornalista Euclides da Cunha, correspondente do jornal O Estado de São Paulo. Essas anotações estão reunidas no livro Os Sertões.

RESUMO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO I

Passar pelo estágio supervisionado é obrigatório para alunos de curso superior e tem o objetivo de preparar o aluno para os desafios da profissão. As experiências dessa etapa definem o perfil do profissional e sempre ocorre nos últimos semestres do curso.
Para alunos do curso de pedagogia, é indispensável ter contato com alunos em sala de aula, conviver com professores de educação infantil, cumprir carga horária, aprender técnicas, adotar posição para o ensino e conhecer os alunos. Quando o estágio é na área de pedagogia, esse futuro profissional deve combinar conteúdo e técnica para desenvolver suas competências, tentar colocar em prática o que aprendeu no decorrer do curso.
A primeira etapa é definida como observação. O estagiário observará os aspectos físicos, administrativos e pedagógicos da escola, incluindo o acompanhamento da sala de aula.
Na segunda etapa, elabora plano de aula e escolhe o material de apoio.
Na terceira etapa, auxilia o professor titular.
O Relatório deverá ter uma estrutura formal, todas as partes devem ser trabalhadas especificamente como: Espaçamento, formatação e alinhamento bem definidos de acordo com as normas. A observância desses requisitos demonstrará a habilidade do novo profissional, caso contrário, deverá reprovado pelo seu avaliador.
O planejamento deve ser organizado e bem redigido. Além das características da identificação, deve ter objetivo com resultados previamente determinados, conteúdos temáticos, estratégias que facilitem a aprendizagem, avaliação contínua e final, cronograma bem distribuído, bibliografia oficial e a complementar.
A prática de ensino amadurece os conceitos, competências e vivências e culmina no trabalho de conclusão de curso, tem seus princípios e faz emergir implementações. Educação e ensino tem sido sinônimas ao longo da história. A didática contribui para o aperfeiçoamento do profissional docente. Os métodos e técnicas utilizados pelo professor devem orientar aprendizagem obedecendo os princípios de ensino. O método deve ser determinado de acordo com o conteúdo e o objetivo.As atividades especiais são consideradas complementares, como por exemplo, estudo do meio, que são as visitas e excursões. Os meios de ensino devem ser mais do que os da sala de aula. A organização do ensino visa propiciar a assimilação ativa de conhecimentos e habilidades pelos alunos. A experiência de cada professor fará com que possibilite o desenvolvimento das capacidades de seus alunos e para isso escolhe o tipo de aula mais adequado. A avaliação visa determinar a relação entre objetivos e resultados através da verificação e qualificação dos resultados obtidos. A prova ainda é o principal instrumento de verificação do rendimento, mas também pode-se proceder a observação e a entrevista. O planejamento educacional é um recurso de organização, tem objetivos e requisitos definidos. O planejamento curricular deve favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento das capacidades dos alunos. O planejamento de ensino propõe tornar o ensino seguro, por isso o professor deve selecionar e organizar os conteúdos para alcançar mudança de comportamento de seus alunos. A formulação de objetivos e conteúdos visam capacitar o professor e auxiliar o aluno. A relação ensino/aprendizagem é recíproca e beneficia ambas as partes.
O professor é apenas estimulador e mediador do conhecimento, o aluno é prospectador do resultado pretendido.

ANÁLISE CRÍTICA Do FILME: O NOME DA ROSA

O filme começa com William de Baskerville (Sean Connery),chegando a um mosteiro no norte da Itália acompanhado de Adso, um adolescente . Aparentemente a vida no mosteiro parece pacata, preguessa, religiosa. William, um franciscano, percebe alguns assassinatos acontecendo no mosteiro. Começa a investigar o caso. Os religiosos acreditam que o que está acontecendo é obra do Demônio. William não concorda com isso. Suas investigações são interrompidas com achegada de Bernardo Gui, o Grão-Inquisidor, que ao chegar no mosteiro pretende torturar qualquer suspeito de heresia.Os dois tem opiniões contrárias. A pretensão de William era participar de um conclave para decidir se a Igreja deveria doar parte de suas terras, mas agora sua principal ocupação é a investigação.
O filme relata um momento da sociedade medieval do século XIV.Outras cenas mostram como era a vida em mosteiros. William não é apenas um monge, é um monge curioso que busca a verdade a todo custo. Um homem da ciência, já foi inquisidor. Agora é um investigador, um filósofo. Suas investigações provocam reflexão, buscam respostas, requer explicações, num tempo em que questionar era um insulto e duvidar uma afronta a autoridade religiosa. Somente William poderia tal ousadia, pois fosse um qualquer, já seria considerado um herege, seria condenado a pena de morte e morreria na fogueira. Bem que certa vez, ele mesmo só escapou disso porque se retratou.
Podemos ver claramente as diferenças sociais. Do alto da torre do mosteiro, são jogados restos de alimentos. A fartura de alimento no mosteiro e a miséria fora dos muros dele. Como acontece atualmente, a mesma diferença entre os habitantes das metrópoles e de suas periferias; entre a abundância nas mesas dos milionários e a carência na cozinha dos favelados. Gente abastada pisando alimentos e miseráveis catando migalhas. O fim é o mesmo: Pobres e miseráveis vivendo do lixo.
Mesmo com mais do que o suficiente pra viver enclausurado, a vida dos monges era mesmo cheia de conflitos pessoais e ideológicos. Faltava a convicção. Havia muita crise de consciência, autoflagelação, perseguição e represália. Tempo em que não havia liberdade de expressão e nem religiosa. Os submissos só poderiam fazer o que fosse permitido pelos seus superiores. Representantes de Deus matando em nome Dele. Tudo isso pra encobrir a verdade, que jamais pode ser ocultada.
O filme retrata um tempo em que pensar contrário aos ideais estabelecidos era como um crime contra a autoridade. A punição era severa e se não fosse pública, seria oculta. Contrariar os dogmas jamais seria admitido. Um tempo difícil. De ignorância, intolerância e absolutismo religioso. Informação era tão precioso quanto ouro, ou mais que isso, já que ouro poderia ser exposto, e a informação, somente na biblioteca, e esta, era como arquivo secreto e o conhecimento era segredo de estado. Pena de morte para os espiões. Veneno letal era lambuzado nas páginas de livros de filosofia como por exemplo, de Aristóteles, considerado sigiloso, e aqueles que o folheasse estavam sentenciados a morte quando salivassem os dedos e os tocassem nas páginas proibidas.
As investigações de William o levam a descobrir as verdades por trás dos acontecimentos obscuros naquele lugar tão reservado. Mas suas descobertas ultrapassam os muros do recinto e a população que era massacrada ao tomar conhecimento dos fatos, reage de forma inusitada revoltando-se contra os monges inquisidores. Além do prejuízo das vidas humanas naquele mosteiro, ainda teve o prejuízo cultural, pois a biblioteca fora incendiada.
CONCLUSÃO

O filme, nos leva a refletir sobre o caráter humano, a necessidade de busca da reflexão, da verdade e da questões referentes ao fanatismo e da fidelidade a Deus.
Atualmente a liberdade religiosa e o pensamento pós moderno possibilitam a liberdade de pensamento e de expressão. Cabe ao ser humano questionar e buscar essas verdades.

O curioso a respeito do título O Nome da Rosa, para quem não leu a obra literária, fica difícil de interpretar apenas vendo o filme. Pelo que se pode perceber, que era o livro de Aristóteles, proibido de leitura no mosteiro. Para não ficar na dúvida uma consulta na internet nos esclarece melhor, no site http://criticanarede.com/lds_nomedarosa.html.
“Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus",a tradução é: "A rosa antiga permanece no nome, nada temos além do nome". Talvez esteja querendo dizer que as coisas que não existem mais deixam um nome, aludindo que talvez o livro de Aristóteles nunca tenha existido.”

EXCURSÃO NA SERRA DA CAPIVARA

Nossa excursão à Serra da Capivara foi planejada em maio de 2010. A turma se empolgou e organizou um evento beneficente para arrecadar fundos para ajudar nas despesas de viagem; Buscou apoio e patrocínio junto a Prefeitura . A classe toda se empenhou para que a viagem fosse um sucesso.
A empolgação no ônibus, uma certa ansiedade e expectativas irradiava a todos rumo à cidade de São Raimundo Nonato no Piauí. Chegamos ao hotel por volta de uma hora da madrugada. Depois de um cochilo e um reforçado café da manhã, fomos ao Parque.
Nessa viagem tivemos o apoio dos professores de História: Giani Duarte de Teresina e José Rodrigues de Passagem Franca-Ma..


Acompanhados pelos Guias fomos ao Parque Nacional Serra da Capivara.
A população local é de moradores nativos. A maior parte sobrevive do turismo e são os guardiães do Parque. Em algumas lojas improvisadas em cômodos das casas simples desse povo podemos encontrar peças e bijoterias artesanais que o visitante pode comprar a preços simplórios. Isso é contribuição e um tributo ao parque e a essas famílias, como uma forma de recompesá-los pelo seu trabalho de guardadores desse patrimônio.
Partimos por volta das nove horas com duas horas de atraso. Antes de entrar-mos no parque, os Guias dão as orientações necessárias de segurança. O Parque é protegido por Lei e os Órgãos Oficiais são a FUMDHAM e a UNESCO. Na primeira aventura dentro do parque, os guias nos levaram por uma trilha escabrosa, a Toca do Cruzeiro, que não é indicada para crianças, adolescentes e nem para idosos. Por sermos jovens, fomos considerados aptos para a jornada, mas os guias fizeram algumas ressalvas:O número de pessoas que foi considerado excessivo, quando o ideal seria apenas um grupo de nove pessoas para cada guia, e o nosso somava quarenta pessoas para quatro guias. Logo depois vem a trilha mais complicada. É uma subida íngreme, exige muito esforço e preparo físico. São 110 metros de subida no morro, sendo 16 metros na vertical. A Fundação que cuida do parque teve de colocar escadas de metal em algumas ladeiras para facilitar a escalada. Embora a vegetação esteja muito seca nessa época, ainda se pode encontrar algumas sombras na encosta da serra. Podemos ver abrigos naturais escavados pela própria erosão nas paredes do penhasco dando a silhueta de caverna. Os paredões rochosos impressionam a vista. No caminho, enquanto descansarvamos um pouco nessas sombras escassas, os guias relembram as informações importantes quanto a nossa segurança durante a trajetória, como também a respeito da história do parque. Na continuação, depois de respirar um pouco temos de passar pelo maior desafio da subida final dessa trilha que é escalar uma estreita fenda nas rochas que tem uma formas oblíqua onde a parte de cima é mais alongada, formando uma pestana e a parte inferior é mais estreita e é necessário arrastar-se para passar com muito cuidado porque do esquerdo tem-se um abismo e não tem grade de proteção. É muito arriscado. Algumas pessoas tem de descansar um pouco mais, e às vezes serem estimuladas pelos colegas e guias para não desistir, pois já é o último esforço da subida. A adrenalina subiu consideravelmente e contagiou a todos. Conseguimos subir e vencer o desafio da trilha.
Lá de cima vimos uma paisagem espetacular: A vegetação cerrana e a exuberante exposição do relevo de serras íngremes escapaldas que se espalham ao longo do parque de cores tímidas misturadas.
Dá para ter uma visão privilegiada do parque, são 131 mil hectares de proteção ambiental. A vegetação composta por: Rabo de Raposa; Chique-Chique; Canela-de-Ema, que ainda conseguem manter o verde em meio ao cinza. A fauna é composta por: Lagartos, Tucanos; Periquitos; Pica-paus; Onças e Javalis.As formações rochosas são impressionantes, parecem que foram esculpidas a mão.
A descida também foi emocionante. Não seria possível a descida por essa trilha sem os 14 metros de escadas de metal para facilitar a chegada na base do monte. Vencido esse desafio fomos ao Centro de Visitantes. Depois de reforçar o estômago na lanchonete, pudemos contemplar uma exposição de réplicas de parte de fósseis de Ilhamas; Tatus gigantes; Cavalos selvagens; Tigre-dente-de-Sabre; Elefantes; Hipopótamos e outros, com mais de 8.000 anos. Ainda: Bijuterias artesanais, camisetas, bonés e outros produtos alusivos à cultura local.
Na segunda trilha, vamos apreciar outros espetáculos. O principal é o Boqueirão da Pedra Furada. Passamos pelas escavações do Jatobá do Boqueirão da Pedra Furada. O local das escavações é estruturado para o turismo. A trilha tem uma passarela circulando o local e dá acesso às famosas pinturas rupestres da Serra da Capivara. Podemos ficar próximos das centenas de pinturas. Fotografa-las detalhadamente. Desenhos coloridos, de uma tinta mineral de pigmento vermelho e não sangue de animais como se acreditava ser. São registros de costumes de um povo, uma espécie biblioteca pré-histórica, onde os artistas natos expunham suas artes não apenas como talentos mas como que por necessidade de registrar seus costumes, sua cultura. Essas pinturas estão ameaçadas pela erosão. O efeito das chuvas fazem minar nas rochas um tipo de substância salitre que aos poucos vão embaçando as pinturas e descolorindo a tinta. Uma ameaça natural, já que renovar as pinturas não é um procedimento normal. A título de sugestão, cremos que a ciência poderá contribuir para amenizar a situação, se produzir alguma substância que venha a inibir o efeito do salitre sobre as pinturas.
A terceira trilha é a pedra furada. Um espetáculo da natureza, um anel rochoso. Uma obra de arte trabalhada pela erosão através do tempo, dada de presente a nós e as gerações futuras. Impossível não tirar muitas fotos. Registrar esse momento único.Sentir a sensação de ser privilegiado por apreciar a arte natural do autor que nos dá uma pista do quer dizer mas nos sentimos quase incapazes de desvendar o mistério dessa mensagem.
A quarta trilha é da Toca do Carlindo e Toca da Roça do Alfonso, onde pudemos ver os macaquinhos abrigados nos penhascos e o fantástico corte escultural da água nas paredes descomunais das rochas. Na toca do Carlindo 3 ainda encontramos pinturas semelhantes as das escavações.
Encerramos a trilha. Almoçamos no restaurante ainda dentro do parque.
Retornamos à cidade por volta das 15 horas.
Tiramos muitas fotos nas estátuas gigantes de animais típicos da região: Siriema; Tatu e Onça Pintada. Mas sentimos falta da anfitriã Capivara.

Visitamos o Museu do Homem Americano, construído em 1997. Um edifício que também é uma obra de arte. Na parte de fora, podemos ver um fóssil de fogueira encontrado nas escavações do Boqueirão e pedras originárias de localidades adjacentes. Dentro, temos um ambiente seguro para proteção dessas relíquias. Possui uma estrutura própria de museu. Tem uma iluminação penumbrada, peculiar dos museus. As caixas que guardam as relíquias, bem como o revestimento das paredes, o teto e o piso têm uma cobertura aveludada. Entre os fósseis encontrados podemos destacar: O crânio masculino Zuzu Skull de mais de nove mil anos; Lascas de pedras, que serviam como ferramentas primitivas; Colares; Objetos de cerâmica como: Tigelas; Jarros e Urnas. O ambiente conta com a ajuda da tecnologia moderna, para ajudar a compreender essa história: Um telão mostra algumas animações das pinturas pré-históricas com áudio que seria próprio desses habitantes, simulando rituais, o que com um pouco de imaginação poderemos ver a realidade desses povos. No primeiro andar, dentre as várias relíquias, vemos fósseis, entre eles, o de um esqueleto humano inteiro em perfeito estado de conservação.
Retornamos ao hotel por volta das 17 horas.

Ainda teríamos muito por ver e precisaríamos de mais um dia. No entanto sentimo-nos realizados nessa viagem.
Jantamos. Acertamos as contas e retornamos. Foi uma viagem cansativa principalmente por causa do péssimo estado das estradas piauienses. Mas chegamos com segurança. Valeu a pena. Cumprimos com nosso objetivo. Isso é o que realmente importa.




Conclusão

Essa foi uma viagem foi considerada indispensável. Concluir um curso de história e não visitar a Serra da Capivara é um omissão sem explicação. Ver as pinturas; As trilhas; O relevo; A fauna; A flora; A região como um todo; O museu. Isso é história. Tudo isso faz parte do currículo. Embora não possamos saber exatamente em qual época esses ancestrais viveram, não importa. O que realmente importa é saber que contemplamos a história deles. Que essa história principiou a nossa história. Essa contemplação nos faz participante dela. Será a nossa reação e a nossa atitude que vai determinar que história queremos ter. Se preservamos haverá uma história contínua, se não, teremos um vazio a ser preenchido, seja pela história ou seja pelo que gostaríamos de contar.

RESENHA DO FILME: SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

O filme sociedade dos poetas mortos, dirigido por Peter Weir é um drama vivido na Academia Welton no ano 1959, nos Estados Unidos,. Uma escola tradicional de segundo grau, que aplica um ensino rígido como na academia militar e adota uma concepção didática racionalizada com prospecção para formação superior.

No início do filme, uma solenidade de abertura do ano letivo, onde os alunos adentram o auditório com trajes formais exibindo os brasões, a farda e o comportamento sisudo exigido pela escola. Na platéia, os pais e funcionários acompanham o hino exaltando a herança histórica e os legados da colonização. O discurso formal do diretor Nolan(Norman Lioyd), enfatizando os cem anos da escola e o orgulho estribado nos quatro pilares, que ainda garantiam o sucesso daquela instituição: Tradição; Honra; Disciplina; Excelência. A menção desses princípios empolga muito os pais de alunos no auditório, pois sabem que ali as chances são bem maiores de seus filhos ingressarem em curso superior e a garantia de um futuro promissor.
A apresentação do novo professor John Keating (Robin Willins) que já fora aluno dessa escola.

Na sua primeira aula, o professor Keating inicia a leitura com uma frase de um poema de Walt Whitman a respeito de Abraham Lincoln : “Meu Capitão, Meu Capitão”, o que se pode entender teria chamado assim também seu mestre que o inspirou. Pede aos alunos que leiam o primeiro verso do poema “Às virgens para aproveitar o tempo” da página 542 do livro de hinos:
“Pegue seus botões de rosas enquanto podem...”. O professor explica que o termo em latim para esse termo é Carpe Diem - Aproveite o dia. Viver cada dia intensamente como se fosse o último.

Na aula seguinte, solicita a leitura da introdução do livro: “Entendendo a Poesia”.O texto diz que a poesia pode ser demonstrada com gráfico matemático, não parece ser aplicação da interdisciplinaridade, mas apenas um método antiquado de olhar a poesia. Keating pede que arranquem essa e outras páginas semelhantes. Diz ele: “Poesia é para ser vivida e não calculada”. Que não pensem como são mandados, mas pensem por si mesmos. Com certa dificuldade consegue convencê-los. O professor sobe na mesa, pede aos alunos que subam também e vejam de forma diferente. Ver de outro ângulo,por si mesmos e não apenas como são induzidos.
O professor Keating é do tipo que entra na sala assoviando; Descontrai os alunos; Leva-os para aulas ao ar livre; Pede que façam poesias espontâneas; Incute neles o desejo de viver cada momento intensamente. Adota um estilo divergente da escola tradicional. Leva os alunos a uma nova forma de ver as coisas.
Os alunos começam a tomar gosto pela literatura e a perceberem a sensação de viver a poesia. Sentem o ambiente, que aliás é propício para aulas ao ar livre. O ambiente evoca a tradição inglesa: Árvores altas, extensos jardins, a exuberância da natureza,espaços bem definidos. Os alunos se sentem à vontade com o professor Keating, deixam fluir suas inspirações. As aulas começam a produzir efeitos.

Neil Perry (Robert Sean) um dos alunos, descobre o anuário do professor Keating e o questiona sobre o que seria a Sociedade dos Poetas Mortos, da qual ele fazia parte. O professor hesita, mas fala dos hábitos e do local secreto onde costumavam se reunir para ler poesia. Isso foi o bastante para aguçar a curiosidade no grupo, que nas horas de folga com facilidade conseguiam chegar até a caverna onde principiaram suas primeiras leituras ainda tímidas.Tomaram gosto e as idas até lá viraram o hobby preferido deles, às vezes até as garotas também participavam.

Essa nova sensação despertou em Neil o gosto pela dramatização e resolveu se inscrever para uma peça de teatro, onde concorreu e conseguiu o papel principal. Empolgado contou aos colegas, mas não conseguiu o apoio do pai. Ficou muito triste. Pediu a opinião do professor Keating, que o aconselhou a ser aberto com seu pai. Neil não tem liberdade para se expressar. Seu pai, é um linha dura, que não abre mão dos seus princípios e lhe nega o consentimento. Neil forja uma autorização da escola com assinatura falsa do diretor. Saiu-se bem na peça. Festejou o sucesso da apresentação. Recebeu os aplausos do auditório. O abraço dos colegas e amigos, mas teve de suportar a dura chamada do pai. A gota d’água para sua decepção com relação à futura carreira. Desanimou totalmente. Desistiu de viver. A arma do próprio pai foi seu carrasco. Aquela noite de glória foi também de caos. Entrou definitivamente para a sociedade dos poetas mortos, mas de forma trágica. O tão entusiasmado Neil, agora deixa tristeza na família, na escola, nos colegas e amigos. É a notícia do momento. Assunto dos corredores. A escola não iria perder sua reputação. O diretor tem de punir alguém. Não poderia ser outro: O professor Keating, seria demitido. Convoca os alunos do professor Keating e interroga-os, quer saber quem faz parte da sociedade. Terão de renunciar e assinar o termo de responsabilidade. Os pais estão presentes e certificam-se de que tal professor não lecionará mais ali. Os jovens não têm escolha. Grande é a sua dor em ter de separar-se do professor. As aulas voltarão a ser com antes dele. O diretor assume a sala. Todos terão de pagar as matérias atrasadas. Rever o assunto antes refutado.

O professor Keating entra na sala para pegar suas coisas no armário. Será o último encontro com aqueles alunos. Ao sair, mesmo sem se despedir, Anderson um dos alunos, com uma atitude inusitada, sobe na carteira, e exclama: Meu capitão! Esse era o apelido carinhoso que lhe deram. Os outros imitam. O diretor que está lecionando perde o domínio da sala. O professor keating agradece, pois sabe, mesmo não podendo mais continuar ali, leva a certeza de que algo ficou marcado naqueles garotos.

A conclusão desse episódio é que o filme Sociedade dos Poetas Mortos mostra uma crítica à educação tradicional, onde o aprendizado acontece de forma mecânica: O professor fala, o aluno ouve. O discente não inclui suas experiências do dia-a-dia no processo de aprendizagem. O professor Keating rompe com o tradicional e mostra um novo ideal pedagógico no qual a relação entre professor e aluno deve ter uma vivência democrática e interativa de forma espontânea, permitindo ao aluno poder extrair o melhor de si.

sábado, 3 de setembro de 2011

Manifesto Corajoso do Pastor Daniel Sampaio Denunciando a Inconstitucion...

RESENHA DO FILME: QUANTO VALE OU É POR QUILO

Filme brasileiro do gênero drama do ano de 2005, dirigido por Sérgio Bianchi.
Produzido em duas cenas, fazendo um paralelo entre a sociedade do período colonial (de exploração da escravatura) e a situação de miséira contemporânea.Casos do período escravocrata retirados do Arquivo Nacional (RJ).

No início do filme, numa cena noturna, um escravo é preso e levado.Uma escrava fugitiva, grávida, do século XVIII, é capturada por um caitão-do-mato e após entregá-la ao seu dono, ela aborta o filho que espera. Sua dona segue protestando, mas sem êxito.
Uma situação que se repete na atualidade, onde a diferença está apenas nas personagens.Muitas pessoas ainda vivem aprisionadas: Pelas drogas; amor excessivo ao dinheiro; empréstimos bancários, etc.
No período colonial os negros eram explorados e discriminados, mas na atualidade a discriminação racial ainda não acabou, continua em muitos casos, sem punição. E não só isto, mas ainda existe muito desrespeito, violência, corrupção e lavagem de dinheiro.
No filme, as personagens representam as classes sociais de origem. Assim, o “fazer o bem” tem significado diferente para as senhoras que ajudam nas ONGs e para o bandido que seqüestra um empresário, fazendo justiça social com as próprias mãos.
O filme mostra na atualidade o nosso passado escravista, e percebemos que não dá pra olhar o presente sem levar em conta o passado, as desigualdades econômicas, sociais e de direitos no país.Desenvolve um tema de abuso econômico da miséria e faz da denúncia seu negócio. Na atualidade do filme, mostra uma ONG que implanta um projeto de informática na Periferia de uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, corre risco, agora será eliminada. Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.

Critica ONGs que administram mal os recursos recebidos e usam da miséria para conseguirem verbas, embora o diretor em uma entrevista comente que o filme não é sobre ONG, e diz que está falando sobre as negociações em cima dos excluídos e enfoca a cultura brasileira de adoção de criança pobre.


Quanto vale ou é por quilo?” mostra como a sociedade brasileira, caracterizada pela transferência de responsabilidade do interesse público para o privado, torna mercadoria aquele que ajuda. A postura positiva para a obtenção de retorno. Em última análise, mostra a hipocrisia. A batalha entre minorias e maioria, sendo que os primeiros são domesticados por aqueles que são bons, por meio da filantropia.

Nas cenas uma espécie de marketing, digamos, social é astuciado por uma suposta solidariedade com intenção de tirar proveito.

O filme não ameniza os contrastes das classes sociais; as interliga em torno dos problemas sociais, formando núcleos que mantém o status quo de doar e receber. Marketing social, apoio do cliente-cidadão que, sem questionar, confia nos projetos sociais promovidos pelas empresas e uma possível teia de corrupção, são as respostas lucrativas que uma empresa do Terceiro Setor pode receber.

Bianchi termina o filme com dois finais possíveis, dando a entender que mesmo que não sejam apenas aquelas as opções, é o espectador que dará novos desfechos para a nossa História.
"O filme é pura promoção do conflito". Pois é, ficou tudo tão evidente que para alguns é preferível imaginar que o conflito ainda não está posto no cotidiano brasileiro.

Venceu nas categorias de melhor filme - júri popular, melhor diretor e melhor edição.

RESENHA DO FILME GLADIADOR

Quando o império romano atingiu seu apogeu, era vasto, desde a África até o norte da Inglaterra.
No ano 180 d.C. o Imperador Marcus Aurelius abriu uma campanha de guerra de 12 anos contra os bárbaros da Germânia. Sua última conquista para realizar o sonho de tornar Roma uma república e expandir cultura em todo seu império.

O filme inicia com uma batalha contra os últimos bárbaros resistentes. Estes rejeitam os termos de paz e preferem o combate. O cenário de guerra: Cataputas, Arqueiros, cavalaria, pelotões.O discurso do general. Sua frase de estímulo: “Irmãos, o que fazemos na vida, ecoa na eternidade”. O embate, a luta. Enfim, a vitória, a conquista. O suspiro do rei. A comemoração no arraial.
O começo da realização de um sonho do Imperador.
A inusitada visita de seus filhos: Mileyde e Cômodus.A chegada de seu filho Cômodus não o agrada. Preferiria que seu filho fosse o general.
Antes do regresso, o Imperador incube o General Maximus de sua última missão: Tornar-se protetor de Roma depois da morte do imperador. O general exita, mas sem êxito.
O filho Cômodus ao saber de seu pai a novidade, fica desapontado, pois esperava ser anunciado como seu sucessor no trono. Perde a cabeça e sufoca o próprio pai conta o peito e o asfixia. Nomeia-se imperador. Pede a lealdade do general, que não aceita e entende a conspiração. Essa atitude lhe custa caro, pois o general agora é preso e será executado. Escapou, usando da habilidade belicosa. Foge para casa, na tentativa de salvar a família, mas não consegue chegar a tempo. Esposa e filho foram sacrificados, crucificados. Desfalece. É encontrado por um mercador de escravos. Por ironia do destino seu dono é um ex-gladiador, que agora emancipado não consegue ganhar a vida de outra forma, e seu objetivo é levar os escravos para lutar como gladiadores. O general torna-se gladiador e consegue agradar a galera nas aldeias por onde passa, até chegar a Roma, onde por várias vezes luta no Coliseu. O novo Imperador Cômodus organiza 150 dias de jogos. Lá está Maximus, ganhando competições, agradando a multidão, que entusiasmada vibra com a sentença dos miseráveis escravos ao sucumbirem pelos impiedos golpes de espadas daqueles que tem mais vigor e habilidade para vencer. O embate é cruel, como na guerra. Golpes, sangue, decaptações,morticíneo. Viver ou morrer.Apenas um sobrevive. Isso agrada ao povo, que pelo instinto selvagem já tem o espetáculo como estímulo.O jovem imperador sabe ser popular. Manda distribuir pão para a massa de espectadores do coliseu. A política do Pão e Circo para todos. Essa política antiga e eficiente, ainda sobrevive, e vive mais do que qualquer gladiador. Aliás, gladiadores são aqueles que se opõem a essa política. Político esperto sabe que nesse ritmo o tempo passa e a vida continua.Nada vai mudar.Apenas as cabeças serão substituídas, as idéias contuinuarão,o sistema prevalecerá.
Sobreviente desse sistema, o gladiador Maximus vitorioso em todas as lutas, conseguiu agradar a multidão. O imperdor quis conhecê-lo. Ficou atônito diante da revelação. Maximus ao tirar o elmo, revela a face. Assombro, pavor, decepção. O ex-general não deveria estar morto?. Agora o gladiador tem tudo ou nada: A vingança que há muito desejou, ou um golpe de estado, com a ajuda de Mileyde e do Senador Grachus, que pretende comprar sua liberdade. A tentativa de fuga, é facilitada. Mas informações vazaram e os planos foram frustrados. Maximus é capturado, mesmo estando ferido é obrigado a lutar na arena com o próprio imperador. Por ironia ou destino, Maximus vence Cômodus na luta. Mesmo exausto consegue dizer suas últimas palavras: Libertem os prisioneiros; O senador Grachus deve ser reintegrado.
Assim a república tão sonhada por Marcus Aurélio finalmente se realizará. Estão lá para se fazer cumprir essa ordem:
Quintos, o assistente do Imperador, que esteve com Maximus em outras guerras, e Mileyde que convida os presentes a honrar Maximus com um enterro digno.

Por fim, o General Maximus morre por exaustão, vê os lindos campos do Elísio, onde vislumbra as imagens da esposa e do filho e avança para encontra-los.
Fim da sua jornada nesta vida, missão cumprida. Força e Honra era seu lema.

OLHARES SOBRE OLHARES

1. Introdução

2. A arte de olhar as imagens

3. Currículo, livro didático e imagens da escravidão

4. Imagens da escravidão: dos artistas viajantes aos livros
didáticos

5. Conclusão

1. Introdução

O estudo das análises de um livro didático requer uma investigação sobre texto, figuras, e sua relação. Cabendo analizar a forma, a origem,o objetivo e o impacto que poderá gerar sobre o leitor, já que a classe é miscigenada.

2. A arte de olhar as imagens

A arte de olhar é muito individual, porque cada pessoa vê a imagem de acordo com sua formação, cultura e idade. Segundo John Berger, nunca olhamos apenas uma coisa, estamos olhando para a relação entre as coisas e nós mesmos. Portanto, quando olhamos uma figura, isso nos remete a alguma lembrança de nossa vida. Reznick concorda quando diz que a memória é seletiva, ou seja, separa o que queremos lembrar ou esquecer. Mirian Leite acrescenta que quando vemos a imagem de um grupo de pessoas, nossa memória seleciona e organiza nossas lembranças ou quando olhamos para um patrimônio histórico, cada pessoa assimila o que isso tem a ver consigo mesma. Mirian diz ainda que ao olharmos uma imagem , o que podemos absorver dela depende de alguns fatores, por exemplo: o conhecimento prévio da cultura ou seu aspecto estudado, o que não podem ser esquecidos.
Quando vemos uma figura temos que questionar o que motivaram sua produção, e o que de fato ela quer nos transmitir. Finalmente, as cores e as técnicas usadas são importantes para o registro histórico.

3. Currículo, livro didático e imagens da escravidão

A imagem é de extrema importância para um melhor entendimento do texto do livro didático de série infantil. Essa necessidade que a criança tem de ver gravuras, é endossada por Ernest Lavisse.
As figuras tornam o livro mais atraente e comercial. E esse procedimento é feito de acordo com a faixa etária.
As gravuras são de grande influência não só para informação, mas para demonstrar as condições absurdas de vida do escravo. Os escravos eram tratados como peça, para trabalhar em prol do seu senhor. Negros e índios eram tidos como pessoas anormais, porque o normal era ser branco.
Muito autores se preocupavam em transmitir informações a respeito da escravidão com abundância de imagens, pois isso daria maior ênfase ao tema, para cativar o leitor. Mas é importante que o texto e as imagens estejam em harmonia.
Mas foi a partir do século XVIII, que a visão da escravatura começou a mudar. Foi chamado o século de ouro, porque alguns escravos conseguiram sua alforria, o que não era de muita valia, pois o preconceito era grande e as oportunidades raras.

4. Imagens da escravidão: dos artistas viajantes aos livros didáticos

As imagens da escravidão gravadas por artistas viajantes em livros didáticos, revelam a capacidade que esses artistas tinham de observar cada obra. Um exemplo: A forma como Debret via os escravos era diferente, porque era influenciado pelo Neoclassismo. Ele procurou retratar a importância do trabalho de cada um.
A Inglaterra que foi a primeira nação a abolir a escravidão, passou o ver o negro como um consumidor e não mais como escravo.
A inauguração da Academia Imperial de Belas artes em 1816, amenizou o preconceito. O Brasil passou a ser visto como o país das artes. Ex. a casa de Bragança no Brasil. Outra citação importante: Em viagem pitoresca, 1835, Rugendas, não se preocupou em mostrar escravidão e sim beleza.

5. Conclusão

Uma foto de escravidão explícita pode de maneira impactante afetar o leitor, pode ser vista como preconceito, discriminação, pendendo do texto anexo, contexto e até da própria formação do leitor.